Estar presente




 Com base nos ensinamentos do Zen Budismo, o wabi-sabi aceita, valoriza e aprecia a transitoriedade, a imperfeição e o aspecto natural como concepção estética.

Ver beleza no simples, no rústico, no imperfeito, no natural e honesto do nosso cotidiano, prestando atenção de verdade ao que estamos vivendo, e a partir disso conseguir estabelecer conexão com nós mesmos e com as pessoas que estão conosco. Estar presente.

O conceito do wabi-sabi, muito mais do que explicado pelos japoneses é vivido e sentido por eles, pois como diz um dos livros que estou lendo, é um jeito de ver o mundo com o coração. 

O nome vem da junção de duas palavras, wabi, que representa o valor estético da simplicidade e sabi, que é aquela beleza que surge com a passagem do tempo, com desgastes, manchas, sinais. 

Encontro nessa estética muito do conceito que trabalho nos objetos que faço em latão, pois o latão é um material que vai se modificando com o passar do tempo, reagindo e se transformando, adquirindo características que representam essa passagem do tempo. Abrindo espaço para o imperfeito que é bonito, simples e natural... 


Aprender a  aceitar e apreciar a natureza inconstante, imperfeita e incompleta das coisas é um exercício que precisamos praticar pra conseguir vivenciar. Difícil nos dias de hoje, onde tudo parece ser tão rápido, perfeito e brilhante, não é mesmo?

Quando prestamos atenção às pequenas coisas do cotidiano, saboreando os acontecimentos, desfrutando da nossa própria companhia e da companhia dos que estão conosco, e conseguimos perceber o prazer que isso pode nos dar, conseguimos ser mais felizes e agradecidos com o que nos é presenteado todos os dias.



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